No Egito, onde permanece durante todo o tempo da guerra entre gregos e troianos, a verdadeira Helena segue esperando fielmente que seu marido, Menelau, venha resgatá-la. Enquanto isso, a Helena de Troia – um espectro criado pelos deuses – arruína a reputação da autêntica que, sem cometer os atos pelos quais é famosa, não consegue evitar a opinião negativa que a sociedade lhe confere.
Com o desaparecimento da falsa Helena, Menelau finalmente recupera sua esposa, e a verdadeira Helena engendra um brilhante estratagema que levará o casal de volta para casa em triunfo. Helena, de Eurípides, e Seu Duplo, que a Perspectiva publica em sua coleção Signos, traz a peça clássica em tradução de Trajano Vieira, autor também do inspirado, e inspirador, ensaio introdutório, além do texto grego, compondo uma edição à altura da extraordinária criação que, ainda hoje, desnorteia os críticos por se recusar a seguir os cânones do que seria um bom drama ateniense. Quer seja entendida como uma tragédia ou como uma tragicomédia romântica, a obra-prima de Eurípides se revela a cada dia mais contemporânea.
Helena de Eurípides e seu duplo (2019) – tradução e introdução de Trajano Vieira
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